
Carlos Viana preside a CPMI, ao lado o vice-presidente Duarte Jr., e do relator Alfredo Gaspar
No próximo dia 20 de Novembro, o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, uma data de profunda importância que nos convida a refletir sobre a história, a cultura e a inestimável contribuição do povo afro-brasileiro para a formação de nossa nação. Mais do que uma simples comemoração, é um momento fundamental de luta contra o racismo e a desigualdade social que, historicamente, afetam a população negra.
A cultura e a história afro-brasileira são pilares de nossa identidade. Prestar homenagens é mais do que justo e deve ser repassado de geração em geração, firmando o princípio inegociável de que cor, raça ou etnia jamais podem diminuir um ser humano. Somos todos iguais perante o ser supremo.
O Grito Silencioso do Trabalhador e do Aposentado
Contudo, a reflexão sobre a desigualdade e a luta por dignidade não pode parar nas datas históricas. É imperativo que os olhos da sociedade se voltem para a dura realidade de quem dedicou a vida ao trabalho e hoje vê seus direitos sendo corroídos.
Em um país sob o domínio da corrupção, da falta de humanidade e do cinismo de poucos, assistimos a um ultraje: o trabalhador que paga uma fortuna para se aposentar está, a olhos vistos, sendo lesado. O escândalo mais recente, desta vez contra o sofrido e contribuinte trabalhador que vê seu mísero retorno na aposentadoria ser subtraído por quem deveria proteger, é um sintoma da falência ética que assola o país.
Os envolvidos parecem ignorar que a nova geração está longe de contribuir, com o seu trabalho, o que os aposentados de hoje já contribuíram. Eles parecem esquecer que os “ladrões do dinheiro do aposentado” também foram gerados e criados em famílias.
Pela Consciência e pela Dignidade
Assim como temos feriados que relembram desigualdades, lutas e conquistas, é tempo de ampliar o espectro da reflexão social. Que se pense, em meio a estas datas, na criação do dia do “APOSENTADO ROUBADO”. Que este dia sirva como um espelho de reflexão constante e severa aos gestores públicos e, principalmente, às futuras gerações, lembrando-os de que a justiça e o respeito à dignidade humana devem ser inegociáveis, seja na luta contra o racismo estrutural, seja na defesa dos direitos de quem construiu este país.
A luta por Consciência Negra e a luta por Dignidade do Trabalhador são faces da mesma moeda: a busca incessante por uma sociedade verdadeiramente justa, ética e igualitária.
Redação Plenarioemfoco – foto: Geraldo Magela / Agência Senado
