
O Brasil atravessa um momento alarmante. Enquanto assistimos a um crescimento preocupante do feminicídio, o país também lida com uma onda desenfreada de violências que deixam sequelas profundas em mulheres, seja por meio de agressões físicas, psicológicas, sexuais, morais ou patrimoniais, tanto no espaço público quanto no ambiente doméstico.
Diante desta realidade brutal, é imperativo que as boas iniciativas sejam não apenas reconhecidas, mas ativamente acompanhadas. É neste contexto que o dia 6 de dezembro ganha um significado especial, sendo o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Esta data é simbolizada pela campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign), um movimento global com raízes em um ato de profunda solidariedade masculina. A iniciativa nasceu no Canadá, em 1989, após o trágico massacre na Escola Politécnica de Montreal, onde 14 mulheres foram assassinadas por um homem movido pelo ódio de gênero. Homens canadenses decidiram, então, que era hora de se manifestar publicamente e de forma inequívoca contra a violência cometida por outros homens.
Seguir este exemplo de consciência e solidariedade é um passo fundamental para a mudança cultural que o Brasil tanto precisa. Felizmente, diversas casas legislativas brasileiras já aderiram à simbologia do Laço Branco, demonstrando o compromisso institucional com a causa.
É hora de ampliar esta corrente. A mobilização do dia 6 de dezembro serve como um lembrete crucial: o combate à violência contra a mulher não é apenas uma luta feminina, mas uma responsabilidade de toda a sociedade, em especial dos homens. O Laço Branco representa a promessa de nunca cometer, silenciar ou desculpar a violência contra as mulheres.
Vamos nos unir para mostrar, em alto e bom som, que na mulher não se bate, nem com uma flor. Vista esta causa.
Redação Plenarioemfoco / foto agência Senado
