
A recente onda de reclamações em jogos decisivos nos força a olhar com lupa para a atuação da arbitragem, onde os “detalhes” mostram-se, no mínimo, sínicos e incoerentes. A paixão nacional pelo futebol está sendo testada, não pelas quatro linhas, mas pelo critério seletivo dos árbitros na hora de apitar o fim.
Vejamos dois exemplos cruciais que ilustram essa falha crônica na gestão do tempo de acréscimo:
1. O Desfecho Prematuro: Flamengo x Palmeiras
No primeiro tempo deste jogo importante, foram assinalados dois minutos de acréscimo. Dentro desses dois minutos, o Palmeiras conquistou um escanteio. O que fez o juiz? Encerrou a primeira etapa sumariamente, impedindo a cobrança. Uma decisão dura e implacável que rouba uma potencial chance de gol e ignora o fluxo natural do jogo.
2. A Flexibilidade Seletiva: Flamengo x Ceará
Em um cenário diferente, o primeiro tempo de Flamengo x Ceará também teve dois minutos de acréscimo. O Flamengo vencia por 1×0 e ganhou um escanteio. Desta vez, o juiz autorizou a cobrança, e o tempo de jogo ultrapassou, tranquilamente, os três minutos.
A incoerência se repetiu na etapa final: foram dados três minutos de acréscimo e, com o placar a favor, o árbitro foi implacável, encerrando a partida exatamente no limite. O Flamengo sagrou-se campeão, mas a sensação de que o cronômetro foi gerido com critérios flexíveis e convenientes permanece.
O futebol nos leva a perder a vontade de torcer quando a régua não é a mesma para todos. Ou as partidas serão decididas exclusivamente nas quatro linhas, com regras claras e consistentes, ou seremos forçados a assistir ao declínio na vontade e na crença em nossa paixão nacional, minada por esses “mínimos” e suspeitos detalhes de apito.
Redação Plenarioemfoco . foto: IA
