
O mundo testemunhou, com um misto de esperança e cautela, a concretização do cessar-fogo no Oriente Médio. Em uma região marcada por guerras religiosas, excessos, terrorismo e a ceifa impiedosa de vidas inocentes, o diálogo conseguiu, ao menos momentaneamente, se sobrepor ao fragor das armas. É uma conquista monumental, um raro instante em que a diplomacia interrompe o ciclo de destruição de lares e o uso de famílias e inocentes como escudos ou alvos.
No Brasil, o feito não passou despercebido. Diversos parlamentos estaduais e a própria Câmara dos Deputados e o Senado Federal, segundo relatos, têm se pronunciado em apoio à paz recém-alcançada, reconhecendo a importância da concórdia global.
Entretanto, a comoção pela paz no exterior levanta um clamor interno. A esperança é que os “ventos uivantes de paz e amor” cheguem a Brasília e se traduzam em um apelo ao bom senso e à pacificação nacional.
Nesse contexto, ressurge o debate sobre a anistia para aqueles que foram presos por manifestações e atos políticos recentes, sob o argumento de que não cometeram crimes de sangue ou terrorismo. A expectativa é que, em nome de uma vida normal e do prevalecer da paz pelo mundo, o partidarismo, a ganância e as brigas pelo poder a todo custo sejam substituídos pela genuína vontade popular, livre de pressões.
Que o frágil, mas significativo, abraço de paz no Oriente Médio inspire a classe política brasileira a buscar um caminho de menor confronto e maior compreensão, priorizando a estabilidade e a união nacional acima das divergências ideológicas. A anistia, se concretizada, poderia ser um sinal potente de que o Brasil escolhe fechar feridas e olhar para o futuro com mais tolerância e civilidade.
Redação Plenarioemfoco