O vereador Alexandre Pereira (UNIÃO) na quarta-feira (8) fez a abertura da 13ª sessão ordinária da 3ª sessão legislativa, com o vereador Janduy Ferreira (PSDB) secretariando os trabalhos. Alexandre iniciou a sua fala parabenizando as mulheres pelo seu dia, destacando que as mulheres não precisam se ‘empoderar’ para ter garra, força e determinação, pois já nasceram poderosas e com a capacidade de gerar uma vida.
Foram aprovados 13 requerimentos, sendo a maioria destinados às mulheres e grupos de mulheres, em ocupações e espaços diversos na cidade de Campina Grande.
É frequente ver que muitas pessoas relacionam a origem do Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março, à tragédia ocorrida no dia 25 de março de 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas em uma fábrica têxtil de Nova York.
O incidente não deixa de ser um marco importante para a eclosão da luta das mulheres, fazendo com que novas aliadas se juntassem ao movimento que se prolongou ao longo do século 20. Mas, na realidade, há toda uma trajetória de lutas anteriores que ocorreram desde o final do século 19.
Inicialmente, esses protestos eram voltados para a reivindicação de melhores condições trabalhistas. Mulheres lutavam pelo ajuste das jornadas de trabalho exaustivas, de aproximadamente 15 horas diárias, bem como por melhorias salariais e pelo fim do trabalho infantil, comum nas fábricas daquela época.
A ideia de uma celebração dedicada às mulheres surgiu em 1908, quando cerca de 1500 mulheres nos EUA se uniram em uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. Em 1909, o Partido Socialista dos EUA oficializou o Dia Nacional da Mulher em 28 de fevereiro.
Somente em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, houve a aprovação para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher. A ideia também era obter apoio para a aprovação do sufrágio universal, isto é, o direito de as mulheres também votarem.
Até que se chegasse à data que conhecemos hoje, tiveram muitas outras manifestações. A Primeira Guerra Mundial, em 1914, fez com que eclodiram ainda mais protestos ao redor do globo, como o ocorrido em 8 de março de 1917, quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II da Rússia.
Essas mulheres lutaram contra as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. O levante ficou conhecido como o protesto “Pão e Paz”. Em 1921, bateu-se o martelo final para que essa data fosse o Dia Internacional das Mulheres. Mas somente em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional para a igualdade de gênero.
Por isso, a demanda do Dia Internacional das Mulheres vai muito além de presenteá-las com flores ou maquiagens. É um dia de mobilização pelas mulheres que já lutaram, pelas que lutam e aquelas que lutaram pelos direitos de todas nós e pela igualdade de gênero.
Jô Oliveira (PCdoB) parabenizou a todas as trabalhadoras e vereadoras da CASA, e registrou que apesar das felicitações, essa é uma data de muito sofrimento. “O 8 de março surge a partir da violência e todos os dias enfrentamos a violência. Muitas mulheres são silenciadas, inclusive porque buscam falar sobre as violências sofridas”. A vereadora citou a violência política de gênero e registrou o caso de uma vereadora vítima de feminicídio, ressaltando que nenhuma mulher está ilesa. Jô também convidou a todos por um pacto coletivo, para que a superação da violência contra as mulheres, não seja somente um compromisso das mulheres.
A vereadora ainda reforçou o seu compromisso com a vida das mulheres de Campina Grande e registrou que há pouco mais de 15 dias, foi celebrado os 91 anos do voto feminino, e que está legislatura é a que mais tem mulheres.
Pimentel Filho (PSD) disse que costume o traiu, ele pensava que a sessão especial do Dia Internacional da Mulher seria pela manhã, e que infelizmente não vai poder participar. Lembrou que em 1989 o preconceito era tão grande, que as mulheres dos vereadores não caminhavam pela Câmara. “Precisei dizer em uma reunião, com todos os vereadores, que a minha esposa estaria vindo todos os dias me acompanhar, como sempre fez, desde que nos casamos”, Pimentel parabenizou a esposa e disse do orgulho de tê-la ao seu lado, além de ressaltar que nesse sentido, houveram grandes mudanças na Casa de Félix.
Janduy Ferreira (PSDB) parabenizou as mulheres pela data de hoje, citando as funcionárias, vereadoras e mencionou ainda duas mulheres do seu convívio pessoal. O vereador se emocionou ao falar da sua mãe Terezinha Ferreira Leite (in memoriam) que deixou saudades e uma lacuna na vida dos seus filhos. Ele parabenizou a sua esposa, Andrea Luiza, que é uma protetora ferrenha dos animais e que tem sido a sua base. “Ela é defensora dos animais, das coisas mais justas, atua no combate ao feminicídio, contra o preconceito e exploração sexual”, destacou. Por fim, o vereador disse que o lugar de mulher é em todo lugar.
Olimpio Oliveira (UNIÃO) na Tribuna falou sobre o Dia Internacional da Mulher, registrando o carinho e respeito por todas as mulheres que se encontram no plenário e pela luta pela conquista. Disse que hoje é um dia de homenagem, mas também um dia de lembrar de lutas. “Essa data foi construída pela lutas das mulheres por seus direitos”. Destacou ainda que a luta e as guerras continuam sendo enfrentadas ainda hoje, para o reconhecimento dos seus espaços, dos seus lugares e para o reconhecimento do direito à vida.
O vereador disse que dentro da sua experiência como delegado de Polícia, percebe que aquele que mais deveria respeitar, às vezes é o que mais agride, que são os seus companheiros. Olímpio citou a Lei Maria da Penha, registrando que os agressores não se intimidaram com a lei, mas espera ser enganado, pois os estudos também mostram que a lei deu mais coragem à mulher de denunciar violências. “Todas as estatísticas demonstram que o lugar em que a mulher sofre mais violência, tem os seus direitos mais negligenciados, é no interior do seu lar e isso é uma tragédia. É uma violência silenciosa, humilhação, opressão, ditadura do seu cônjuge”, lamentou.
Alexandre Pereira (UNIÃO) mais uma vez falou a respeito da temática do Dia da Mulher e disse que atualmente tentam desvirtuar o papel da mulher na sociedade. Inicialmente, homenageou a sua mãe, que teve 12 filhos e criou 8, mas que nunca se lastimou pela tristeza de não ter um marido com ela. O vereador também citou a sua esposa, que dirigia a caminhonete carregando material de limpeza e nunca se sentiu inferior. Disse ainda que querem colocar na cabeça das mulheres que elas estão excluídas o tempo todo ou que os homens são seus opressores, sem ressalvas e mencionou que as mulheres são merecedoras de homenagens todos os dias.
Waldeny Santana (UNIÃO) fez o registro do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher e fez questão de restabelecer a verdade a respeito do tema no contexto bíblico, muitos afirmam que a Bíblia é um livro machista. O vereador leu alguns versículos que falam da obrigação do homem de proteger a mulher e que na Bíblia, ela é tratada como bênção, jóia preciosa e que o marido deve amar a sua esposa, como Cristo amou a igreja, entre outras citações. “Quem diz que a Bíblia é um livro machista e retrógrado, a afirmação não condiz com a verdade. “Os textos que acabei de ler restabelece a verdade”, concluiu.
Fabiana Gomes (PSD) cumprimentou a todas as funcionárias e vereadoras da Casa da Félix. Disse que enquanto ouvia as falas, pode refletir a mulher que se tornou e que isso foi resultado das mulheres que fizeram parte da sua vida.
A vereadora mencionou a sua mãe, Dona Dalva, uma mulher simples e dona de casa, mas muito alegre que acrescentou em sua vida a alegria e a vontade de viver. Ela também citou a sua avó, Dona Eurides, que lhe ensinou a religiosidade e os primeiros passos com Deus e a sua tia Dra. Maria José Camelo, que nela se inspirou a escolher a sua profissão. “Me sinto muito honrada de hoje poder estar ocupando este lugar e sem muito alvoroço, me orgulho da parlamentar que me tornei. Apresentei 35 matérias legislativas voltadas às mulheres, trazendo a valorização, a proteção, o cuidado e a inserção da mulher no mercado de trabalho”, destacou.
A vereadora registrou a Semana de Conscientização e Combate ao Feminicídio, que é trabalhado nas escolas, com o objetivo de educar sobretudo os meninos e assim diminuir os índices de violência contra as mulheres. No âmbito econômico, a vereadora criou um projeto de selo de empresa parceiro da mulher, para homenagear empresas que contratam mulheres que foram vítimas de violência.
“Me sinto honrada de estar nesse lugar e representar essas mulheres, trazendo políticas públicas, especialmente para aquelas que mais precisam. Sempre ao lado e por trás de mulheres valorosas, existem uma gama de outras mulheres que ajudam a se tornarem quem são”, afirmou.
Dona Fátima (PODE) registrou que esse é um momento de muita luta e trabalho, pois sabe que as mulheres ainda são discriminadas e que como o vereador Olímpio mencionou, o lugar que era para ser mais seguro, é onde muitas vezes acontece a violência e perda das mulheres.
A vereadora também agradeceu a sua mãe. “Hoje estou aqui e agradeço muito a minha mãe, há dois anos que a perdi, mas o que a gente planta, a gente colhe. Minha mãe me ensinou o caminho de Deus, sempre foi aquela senhora que reunia os filhos para rezar e mostrar o caminho do amor” – disse
A vereadora encerrou a sua fala, parabenizando a todas as funcionárias na pessoa de Jailma Ferreira (secretária parlamentar) e parabenizou em especial, a sua única filha e os clubes de mães de Campina Grande. Dona Fátima citou os nomes da Dra. Cristiane (médica), Raquel que é dona da Escola Pequeno Gigante (Vila Cabral) e a todas as mulheres de Campina Grande e da Paraíba.
Redação/Divicom-CMCG