Ao prestar depoimento como convidada à CPI da Pandemia, a oncologista e imunologista Nise Hitomi Yamaguchi defendeu, o uso da cloroquina como integrante do tratamento inicial contra a covid-19, a autonomia dos profissionais de saúde para prescrever e a independência dos pacientes.
Insatisfeito com o depoimento, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), avisou que vai fazer uma acareação com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ou com o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
Bate-boca
O depoimento foi marcado por interrupções e discussões entre os parlamentares, que interromperam por várias vezes, o que provocou protestos da senadora Leila Barros (PSB-DF), que pediu respeito à testemunha.
O governista Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou que não cabe a quem não possui conhecimento técnico questionar as opiniões de uma cientista com mais de 40 anos de trabalho prestado, de respeito da sociedade.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no entanto, afirmou ela estava desinformando a população quando disse, em vídeo exibido à comissão, que não poderia haver vacinação aleatória da população.
Ao expor que tinha a versão completa do vídeo, Marcos Rogério disse que a médica nada disse contra as vacinas durante a gravação, somente alertou, na época, para o risco de precipitações e de distribuição de vacinas indiscriminadamente sem todos os protocolos científicos.
Redação/Fonte: Agência Senado